SP: Atuação da Defensoria Pública garante presença de jovem atleta com paralisia cerebral no Parapan de Jovens, onde ela conquistou duas medalhas de ouro
Estado: SP
A trajetória da jovem atleta paralímpica Maria Clara Lima de Araújo, de 14 anos, moradora da Zona Leste de São Paulo, é um exemplo de superação, inclusão e acesso a direitos e representa de forma potente o espírito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Convidada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para integrar a seleção no Parapan de Jovens, no Chile, Maria Clara enfrentou um desafio que poderia ter impedido sua participação: a ausência do pai, de paradeiro desconhecido, impedia a emissão de passaporte e autorização de viagem. A adolescente tem paralisia cerebral (CID G80/S14.3) e competiria nas provas de atletismo.
O caso chegou à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que, por meio da defensora Gislaine Calixto, atuou com urgência para garantir que a atleta não perdesse a oportunidade histórica. Em decisão judicial expedida em tempo recorde, a Justiça autorizou a emissão do passaporte e a viagem internacional.
Graças à medida, Maria Clara pôde representar o Brasil no Chile e brilhou: conquistou duas medalhas de ouro, nos 100m e 200m, no torneio realizado entre 31 de outubro e 9 de novembro.
“Foi uma corrida contra o tempo. Conseguimos demonstrar à Justiça que se tratava de um caso que envolvia inclusão, cidadania e o direito de uma adolescente com deficiência de exercer plenamente seu potencial”, destaca a defensora.
A história de Maria Clara evidencia a importância da Defensoria Pública na promoção do acesso à Justiça e na efetivação dos direitos das pessoas com deficiência, um dos pilares de sua atuação.
Sobre os Jogos Parapan-Americanos de Jovens
Criados em 2005, os Jogos Parapan-Americanos de Jovens é um evento multiesportivo internacional que reúne atletas com deficiência física, entre 12 e 21 anos, de diversos países das Américas.
A competição surgiu após os Jogos Pan-Americanos de 2003, com o objetivo de reduzir a diferença de idade média entre os atletas participantes dos países do continente.
Realizados a cada quatro anos, os atletas se alternam com os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos tradicionais, promovendo inclusão, desenvolvimento esportivo e intercâmbio entre jovens talentos do paradesporto.



