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20/08/2025

BA: Defensoria debate violência contra a população em situação de rua em audiência pública

Fonte: ASCOM/DPEBA
Estado: BA
A Defensoria da Bahia debateu em audiência pública a precariedade e vulnerabilidade a que estão submetidas as pessoas que vivem nas ruas em Salvador, nesta terça-feira (19), data que marca o Dia Nacional de Luto e Luta da População em Situação de Rua.
 
A audiência “Pelas vidas na rua: contra a violência institucional e a invisibilidade” aconteceu no auditório da unidade da DPE/BA no bairro do Canela, em Salvador, e foi organizada pela Ouvidoria Cidadã, pela Especializada de Proteção aos Direitos Humanos e pelo Núcleo POP Rua da DPE/BA.
 
“Estamos aqui não apenas para lembrar as vidas ceifadas pela violência, pelo descaso e pela ausência de políticas públicas, mas para lutar pela dignidade de quem resiste todos os dias diante da exclusão. A população em situação de rua clama por saúde, educação, moradia, trabalho, assistência social, respeito, cultura e segurança alimentar”, destacou a ouvidora geral da Defensoria, Tamikuã Pataxó, que organizou e conduziu a audiência.
 
Para Tamikuã, a luta da população de rua deve ser encampada por toda a sociedade, além dos órgãos e instituições públicas. “Não são favores, são direitos fundamentais, garantidos pela Constituição e que precisam ser efetivados pelo Estado e pela sociedade”, concluiu.
 
“A ideia da audiência é construir caminhos para promover justiça social, cidadania e dignidade junto à sociedade civil e às instituições públicas. Que a Defensoria Pública possa ser essa ferramenta facilitadora de garantia de direitos e realizadora de sonhos”, desejou a defensora pública Cláudia Ferraz, coordenadora de Direitos Humanos e uma das organizadoras da audiência.
 
Entre as pautas centrais, estiveram a necessidade de elaboração de um plano estadual de enfrentamento à violência institucional e a adoção de medidas que assegurem a dignidade das pessoas em situação de rua. Também foi debatida a criação de acolhimentos seguros e específicos para mulheres em situação de rua (um dos públicos mais vulneráveis no contexto do abandono); a ampliação dos Consultórios na Rua com equipes multidisciplinares; e a formação permanente de servidores(as) públicos(as) nas áreas de segurança, saúde e assistência social, com foco em direitos humanos e combate ao preconceito.
 
Programação
 
A primeira mesa, chamada “Vozes da rua”, trouxe depoimentos de lideranças e sobreviventes das ruas, revelando as múltiplas formas de violência, negligência e resistência vividas cotidianamente. O painel foi mediado pela coordenadora do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR), Maria Sueli Oliveira, com participação do coordenador do MNPR em Feira de Santana, Reinildo Silva; das lideranças do movimento de rua em Salvador, Cláudia Noel e Viviane Pereira; e do coordenador estadual do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População de Rua, Luiz Gonzaga.
 
Já a segunda mesa, com o tema “Violência institucional e o desafio da visibilidade e da resposta do Estado”, deu espaço para representantes do poder público explanarem sobre dados da violência e propor caminhos para superar a invisibilidade da população de rua. Participaram a coordenadora de Direitos Humanos da Defensoria, Cláudia Ferraz; a promotora de justiça e coordenadora de Direitos Humanos do Ministério Público estadual, Márcia Teixeira; a defensora pública do Núcleo Pop Rua da DPE/BA, Eva Rodrigues; a secretária de prevenção à violência do Estado da Bahia, major Rosemary; a diretora de políticas sobre drogas da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades), Alessandra Coelho; e uma representante da população indígena, Ana Paula Tupinambá.
 
Carta do Movimento Pop Rua
 
No encerramento do evento, foi feita a leitura da Carta do Movimento Nacional da População de Rua, que sinalizou os encaminhamentos da audiência.
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