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31/07/2025

AP: Documentário da Defensoria Pública do Amapá que retrata abandono feminino no cárcere emociona mulheres no Iapen

Fonte: ASCOM/DPEAP
Estado: AP
O sentimento de abandono experimentado por muitas mulheres que cumprem pena no sistema prisional amapaense foi retratado no documentário “Condenadas - Pena: Saudade”, produzido pela Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), e exibido pela primeira vez na segunda-feira, 28, sob o olhar atento de 30 mulheres internas do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em Macapá, durante a 1ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos do Sistema Prisional.
 
O documentário traz uma discussão sensível sobre a falta de visitação de familiares e amigos às mulheres dentro do Iapen, em detrimento da quantidade discrepante de visitantes recebidas pelos internos da penitenciária masculina, e o impacto que esse abandono causa na saúde mental e apoio moral e material dessas detentas, que muitas vezes ingressam no sistema prisional em razão de crimes cometidos para apoiar seus cônjuges e familiares.
 
A exibição contou com a presença de algumas das personagens cuja história está registrada no documentário, como Joana (nome fictício), que assistiu pela primeira vez a entrevista realizada com seu pai, que também participou do vídeo.
 
 
 
“Tô muito emocionada e grata por ouvir o papai falando que me ama e falando coisas que nunca me disse pessoalmente, que eu nunca tinha ouvido antes, como que não ia me abandonar e que ia estar sempre comigo. Eu tô muito, muito grata”, relatou a detenta, emocionada.
 
De acordo com a defensora pública Renata Guerra, o material destaca a relevância da visita virtual para mulheres privadas de liberdade, iniciativa da DPE-AP, especialmente aquelas que, por abandono familiar ou pela distância entre o presídio e o local de residência, não não têm os encontros presenciais.
 
“A exibição proporcionou reflexão sobre a importância desse instrumento de contato e acolhimento, reafirmando o compromisso da Defensoria em buscar alternativas que garantam dignidade e laços familiares às mulheres encarceradas”, explicou a defensora. 
 
O documentário foi produzido pela equipe da Coordenadoria de Comunicação da Defensoria Pública do Amapá, e é resultado de reflexões geradas a partir de um mutirão da Defensoria na Iapen, no qual uma das detentas não conseguia estudar porque não tinha uma calça para ir à aula (um dos requisitos exigidos pela escola prisional) e não recebia visita de alguém a quem pudesse pedir essa peça de vestimenta.
 
A história impactou os servidores, que iniciaram uma pesquisa aprofundada sobre o abandono de mulheres quando precisam de cuidados.
 
“Exibir o documentário inicialmente para essas mulheres é uma forma de agradecer pelos seus relatos e mostrar a elas que elas não estão esquecidas, e que a Defensoria Pública luta não só pelos seus direitos, mas também pela sua dignidade. Nós queremos que elas se sintam vistas e visitadas”, explicou a assessora de comunicação da Defensoria Pública, e diretora do documentário, Ingra Tadaiesky.
 
Em breve, o documentário “Condenadas - Pena: Saudade”, será exibido ao público geral em uma série de eventos institucionais e outras mostras culturais dentro e fora do estado.
 
 1ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Sistema Prisional
 
A mostra é uma realização da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e acontece entre os dias 14 e 18 de julho de 2025. O objetivo central é promover a reflexão e o diálogo sobre dignidade humana dentro do ambiente prisional, com valorização às práticas educativas e culturais como instrumentos de transformação.
 
No Amapá, o evento é apoiado pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), sob supervisão do desembargador Rommel Araújo e coordenação do juiz Diego Moura Araújo.
 
A ação está em conformidade com a Resolução do CNJ nº 391/2021, que regulamenta a remição de pena, por meio da leitura e de práticas educativas. Com a exibição de obras audiovisuais que abordam temáticas de direitos humanos, a mostra pretende abrir espaço para escuta, debate e construção de novas perspectivas para pessoas privadas de liberdade.
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