A Defensoria Pública do Rio de Janeiro conseguiu, nesta quinta-feira (3), a autorização para a cremação do corpo de Juliana Marins. A jovem, de 26 anos, morreu após cair em uma trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, e esperar quatro dias por resgate.
O corpo de Juliana chegou ao Brasil na terça-feira (1º), e a Defensoria Pública da União solicitou à Justiça Federal uma nova autópsia em território nacional, concluída na quarta-feira (2).
— Ainda na segunda-feira, fomos procurados pela Defensoria Pública da União para providenciar a cremação. Por conta da documentação que precisava ser reunida, entramos com o pedido na Vara de Registros Públicos na quarta-feira (3), mas, para a autorização da cremação, ainda faltavam a comprovação da realização da nova autópsia no Brasil e a liberação do corpo pela Justiça Federal. Apresentada essa documentação, conseguimos obter a cremação — explicou o Defensor Público Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos.
A atuação da Defensoria Pública garante à família, em meio a uma situação de extrema dor, o direito ao luto, respeitando-se a vontade da própria Juliana.
— Embora a nossa atuação diga respeito à cremação, essa é uma forma de resguardar a dignidade humana da Juliana, considerando o desejo pela cremação — dignidade essa que, ao que tudo indica, foi muito negligenciada pelas autoridades da Indonésia. O direito à dignidade humana compreende o direito ao luto — enfatiza o Defensor Público.