ANADEP apoia lançamento do Programa "Tecer Direitos Humanos", do MDHC
Estado: DF
O defensor público do Distrito Federal, Igor Jinkings, diretor adjunto para assuntos legislativos da ANADEP, representou a entidade no lançamento do programa "Tecer Direitos Humanos: Rede Nacional de Educação em Direitos Humanos". A iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) visa construir de forma colaborativa uma política pública nacional de educação em direitos. A cerimônia foi realizada em Brasília.
O lançamento contou com a presença da ministra Macaé Evaristo, que assinou a portaria que institui oficialmente a Rede. Na ocasião, a ministra pontuou que a proposta da Rede Tecer é integrar educadores, movimentos sociais, universidades, organizações da sociedade civil e gestores públicos em uma malha colaborativa que fomente práticas educativas comprometidas com a justiça social, diversidade, equidade e democracia.
“Quando a gente se esforça para democratizar os conhecimentos, estamos derrubando estruturas seculares do preconceito e da discriminação. Com a oferta de saberes, estamos construindo um projeto de país plural, mais igualitário, mais diverso e, por isso, mais potente. Promover a educação para todas as pessoas é central num projeto político democrático. Esta Rede nasce porque é urgente que se promova, de forma permanente e abrangente, os valores de justiça, solidariedade, democracia, igualdade, soberania, paz e diversidade. É a educação que cria as bases para a transformação social”, complementou.
Durante o lançamento, o defensor público Igor Jinkings destacou o papel essencial da Defensoria Pública na promoção da educação em direitos. “A missão da Defensoria vai muito além do processo judicial. Em presídios, hospitais ou comunidades em situação de vulnerabilidade, é possível encontrar defensoras e defensores públicos atuando não apenas com atendimentos jurídicos, mas também dialogando com as pessoas sobre seus direitos”, afirmou.
Ele também ressaltou que, há mais de 17 anos, a ANADEP promove anualmente campanhas temáticas de educação em direitos, com o objetivo de sensibilizar a sociedade e as autoridades sobre o papel da Instituição na garantia do acesso à justiça para os grupos em situação de vulnerabilidade.
Em seguida, a professora Wilma Coelho, chefe da Assessoria de Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, explicou que o programa "Tecer Direitos Humanos" foi concebido a partir da metáfora da tecitura. "As linhas que se entrecruzam nesta Rede têm como objetivo fortalecer o tecido social por meio da oferta de cursos e ações formativas comprometidas com os princípios igualitários e antidiscriminatórios que formam os direitos em sua cooperação, e na prática. A Rede se estrutura como uma plataforma de articulação e cooperação, integrando iniciativas já existentes e consolidadas, formuladas por diferentes e diversas instituições, desenvolvendo outras novas respostas às demandas emergentes de uma sociedade desigual", comentou a chefe da AEDH.
O evento contou com participações simbólicas e culturais, como a cantora e pesquisadora Fabiana Cozza, embaixadora da Tecer Direitos Humanos; a Escola de Samba Bolsa Preta de Sobradinho, que levou a força da cultura popular para a celebração, além da presença de autoridades, representantes de universidades, movimentos sociais, conselhos, fóruns, organismos internacionais e instituições parceiras da Rede.
Sobre o Programa Tecer Direitos
Até a sua data de lançamento, a Rede integra 137 cursos, sendo 108 na modalidade Educação à Distância (EaD), 21 presenciais e oito híbridos — combinando atividades remotas e presenciais —, distribuídos entre diferentes níveis formativos, desde cursos autoformativos até especializações, mestrados e doutorados. Destes, 36 são inéditos, enquanto os demais foram integrados a partir de iniciativas já existentes de instituições parceiras.
Os cursos são ofertados por uma ampla rede de instituições colaboradoras, que incluem Secretarias e Assessorias do MDHC; outros Ministérios; Universidades e Institutos Federais; além de parceiros da sociedade civil, como museus, coletivos sociais e organizações de defesa dos direitos humanos. A elaboração, disponibilização e certificação dos cursos são de responsabilidade dessas instituições, respeitando a diversidade metodológica e a especificidade dos públicos atendidos.
Todos os cursos são gratuitos, reforçando o compromisso da Rede com a democratização do acesso à Educação em Direitos Humanos. Não há restrições de idade para participação e há formações abertas ao público geral, mas alguns cursos são direcionados a perfis profissionais específicos, como profissionais da saúde, segurança pública, agentes públicos e profissionais da educação, e têm pré-requisitos para ingresso.
Na ocasião foi apresentada a primeira edição do Catálogo de Cursos e Formações da Rede, além de inaugurado o portal oficial da iniciativa.
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