Instagram Facebook Twitter YouTube Flickr Spotify
07/11/2024

DF: Defensoria Pública lança segundo volume do dicionário de letramento racial durante a terceira edição do seminário “Defensoria na Luta Antirracista”

Fonte: ASCOM/DPDF
Estado: DF
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançou o segundo volume do dicionário de letramento racial da instituição durante a terceira edição do seminário “Defensoria na Luta Antirracista”. Com mais de 600 inscritos, o evento ocorreu na segunda (4/11) e na terça-feira (5/11) no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e abordou temas importantes para a luta contra o racismo.
 
O material traz mais de 50 termos que devem ser eliminados do vocabulário da população, bem como sugestões de substituição para as expressões consideradas preconceituosas. Em novembro do ano passado, a DPDF lançou, por meio da Ouvidoria-Externa da instituição, a primeira versão do dicionário, que foi atualizada com novas palavras em 2024.
 
A elaboração da cartilha contou com a participação das Ouvidorias da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), da Secretaria de Educação (SEE-DF), do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), da Secretaria da Mulher, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF), da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), da Universidade do Distrito Federal (UnDF), da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e do Banco de Brasília (BRB).
 
O intuito do material de letramento racial é dar continuidade ao combate das desigualdades, opressões e discriminações decorrentes do racismo, alinhado com a missão institucional da DPDF. Recentemente, o dicionário da instituição foi incluído na lista elaborada pelo Instituto Identidades do Brasil (IDBR) que reúne as referências nacionais sobre a temática.
 
Seminário “Defensoria na Luta Antirracista”
 
A mesa de abertura do evento contou com a presença do Defensor Público-Geral do Distrito Federal, Celestino Chupel; do Subdefensor Público-Geral Fabrício Rodrigues; da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; da deputada distrital Doutora Jane; dos Defensores Públicos com atuação no Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da DPDF Juliana Braga e Tiago Kalkmann; da Ouvidora-Externa da DPDF, Patrícia Almeida; da presidente da Associação de Analistas da DPDF, Maria Gabryella Rocha; do coordenador-geral de Modernização e Gestão Estratégica do DNIT, Édime Tavares; e da diretora de Pessoas do BRB, Cristiane Búkówitz.
 
Para o Defensor Público-Geral, Celestino Chupel, o racismo é uma pauta que precisa ser discutida e trabalhada para que o tratamento igualitário se torne uma realidade na nossa sociedade. “A DPDF não tinha uma pauta que defendesse a maior parte da população e combatesse o racismo. Naquele momento, surgiu a ideia de começarmos a discutir isso no seminário. Quando você trata as pessoas com diferenças por conta de sexo, raça, ideologia ou qualquer outra forma de discriminação, isso é um absurdo. As pessoas devem ser tratadas assim como você gostaria de ser tratado. Se chegarmos a esse ponto um dia, já teremos evoluído muito”, destacou.
 
O Subdefensor Público-Geral Fabrício Rodrigues destacou a importância da realização do seminário, não somente para a instituição, mas para a sociedade como um todo. “Nosso papel aqui é educativo e vai além dos muros da Defensoria Pública, com o objetivo de alcançar muitas pessoas com o conteúdo que é discutido aqui. A postura antirracista deve ser efetivada para superar as práticas entranhadas na sociedade”, defendeu.
 
Para a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, o debate sobre o racismo gera reflexões muito profundas e deve gerar formas de combater esse tipo de crime com o rigor que merece. “Existe, sim, no nosso país, um preconceito que as pessoas ainda não conseguem enfrentar. O combate racial não é de minoria, mas de maioria. É a maioria do Brasil. E isso precisa ser evidenciado. Esse espaço de compartilhamento é muito importante”, destacou.
 
A deputada distrital Doutora Jane reforçou que as condutas antirracistas devem prevalecer. “É isso que a Defensoria Pública do DF tem feito. O Estado brasileiro precisa de mais ações afirmativas para trazer essa igualdade à população negra. O racismo abrange condutas que isolam, machucam e matam emocionalmente”, explicou.
 
A Ouvidora-Externa da DPDF e organizadora do evento, Patrícia Almeida, comemorou a realização da terceira edição do seminário. “É o nosso terceiro ano promovendo o evento, e já estamos colhendo os frutos do que foi plantado aqui. Hoje, já temos uma política de cotas para ingresso na instituição e o Laboratório Júnior de Inovação e Tecnologia, composto prioritariamente de estudantes pretos e pardos. O lançamento da segunda edição do Dicionário Antirracista também é muito significativo, porque mostra que estamos no caminho certo”, enalteceu.
 
O primeiro dia de seminário contou com mesas sobre gênero e raça no Sistema de Justiça, Lei de Racismo, importância das Defensorias Públicas em ações de combate ao racismo, entre outras. No segundo dia, o público teve acesso a debates sobre letramento racial, condenação da raça no Tribunal do Júri como decorrência da íntima convicção, relação entre o racismo e o processo penal, e muito mais.
 
Compartilhar no Facebook Tweet Enviar por e-mail Imprimir
AGENDA
Nenhum evento previsto.
 
 
 
COMISSÕES
TEMÁTICAS
NOTAS
TÉCNICAS
Acompanhe o nosso trabalho legislativo
NOTAS
PÚBLICAS
ANADEP
EXPRESS
HISTÓRIAS DE
DEFENSOR (A)