A Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) participou, nesta terça-feira, 20, do segundo Seminário Estadual de Atenção às Pessoas em Situação de Rua, realizado no auditório do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). O evento, que tem como objetivo avançar na Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades (Pop RuaJud), reuniu diversas instituições para debater e promover ações voltadas a essa população vulnerável.
A defensora pública Flávia Oliveira, que participou da abertura do seminário e integrou o 2º Painel, trouxe à discussão um ponto fundamental: a saúde mental das pessoas em situação de rua. “É impossível falar de dignidade sem considerar a saúde mental dessa população. São indivíduos que enfrentam, diariamente, a exclusão social, a violência e a falta de recursos básicos. Precisamos fortalecer as redes de apoio psicossocial e garantir que essas pessoas tenham acesso a cuidados de saúde mental adequados, para que possam ressignificar suas vidas e retomar sua cidadania”, enfatizou a defensora.
A presença da Defensoria Pública foi reforçada por outras lideranças da instituição. Estiveram presentes no evento Juliana Caobianco, diretora da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Acre, e Fenísia Mota, presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Acre. Ambas demonstraram o compromisso da Defensoria em atuar de forma integrada com outras entidades para assegurar os direitos das pessoas em situação de rua.
O seminário, uma iniciativa do Comitê Multinível, Multissetorial e Interinstitucional para Pessoas em Situação de Rua (Commi), contou com a colaboração da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), do Poder Judiciário do Acre, da Defensoria Pública da União (DPU), e de diversos outros órgãos e movimentos sociais. Essa união de esforços reflete a urgência de um olhar mais humano e inclusivo para as pessoas que vivem nas ruas.
Um dos momentos mais impactantes do evento foi a participação de Vanilson Torres, representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR), que recitou um poema.
As palavras de Vanilson ecoaram a realidade de quem vive nas ruas, ressaltando a necessidade de políticas públicas efetivas que garantam o acesso a direitos fundamentais.
O seminário concluiu que a construção de um futuro mais inclusivo depende da cooperação entre instituições e do desenvolvimento de políticas públicas que realmente façam a diferença na vida dessas pessoas.