A história de Fabrícia Abreu e seu filho Pedro Henrique é um testemunho vivo de amor incondicional. Após 18 anos, a mãe finalmente conseguiu regularizar a adoção unilateral do menino, graças à atuação da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP). Em uma jornada marcada pelo afeto, Fabrícia demonstrou como o vínculo maternal pode superar desafios legais e resultar na completa união familiar.
Tudo começou há 18 anos, quando a assistida e seu companheiro, Enaldo Carvalho, iniciaram um relacionamento. Naquela época, a ex-namorada de Enaldo estava grávida de Pedro Henrique e, após o nascimento do menino, ela não tinha condições de criá-lo. Foi então que Fabrícia manifestou para o parceiro, pai biológico da criança, o desejo de cuidar do bebê e assim o fez desde os seus 6 meses até hoje, assumindo o papel de mãe na vida de Pedro Henrique.
Após ver uma reportagem na TV sobre um processo de adoção realizado pela Defensoria, Fabrícia e Enaldo foram até um mutirão da Carreta realizado no município de Mazagão em 2023, para regularizar a adoção do jovem por parte dela. Com uma decisão favorável, a mãe finalmente pôde comemorar.
“Não é um sonho só meu, é um sonho de toda a nossa família. Sinto que um pedaço de mim que estava incompleto finalmente se completou e saber que agora o meu nome está nos documentos dele é de uma felicidade sem tamanho. Eu sempre digo que para ser mãe você não precisa gerar, você só precisa amar e cuidar. Eu não gerei meu filho, mas o amor que eu tenho por ele é infinito”, comemorou a mãe.
Para Pedro Henrique, esse também era um sonho antigo.
“Eu estou muito feliz, sempre quis o nome dela na minha certidão, porque ela é a minha mãe”, disse o jovem.
Ricardo Carvalho, defensor público que atendeu o caso, explicou que foi realizada uma ação de adoção unilateral por parte da mãe, inserindo o nome de Fabrícia na certidão de nascimento de Pedro Henrique.
“A consagração e finalização desse processo de adoção, para que a Dona Fabrícia figure legalmente como mãe do Pedro, coisa que ela já é desde que ele tinha 6 meses de idade, nos traz imensa felicidade, pois demonstra a importância da presença da Defensoria Pública em cada um dos municípios do estado do Amapá bem como a importância dos mutirões realizados com a carreta da Defensoria”, ressaltou o defensor.