Aos 70 anos, a defensora pública aposentada Creuza Dettmann acredita que a vida não pode parar e que a atividade física e a natureza são os remédios para uma vida saudável. Foi pensando nisso que ela iniciou a natação há um ano, aos 69 anos de idade, depois de ser impedida de correr por causa de uma lesão na perna.
Determinada na nova atividade física, ela já ganhou sua primeira medalha na mais conhecida prova aquática do estado, a Travessia João Moreno, após fazer 1 km de nado em águas abertas.
Mas quando teve que deixar as corridas, ela lembra que sentiu o “mundo desabar”. Ela começou correndo 1 km, passou para 5 km e chegou a 10 km. Ganhou medalha na integração dos Quatro Poderes, sendo a única aposentada da Defensoria Pública na atividade. Mas foi numa trilha que ela lesionou a perna, o que a impediu de participar das corridas.
“Mas eu renasci. Continuei a fazer trilhas e caminhadas e no ano passado fui para a natação. Esse ano estou treinando e, se Deus quiser, irei fazer essa prova da Travessia João Moreno, em novembro. Dessa vez, farei a de 2,5 km”, projeta.
Para a defensora pública, maior do que os desafios atuais foi se dedicar à profissão numa época em que a mulher era considerada inapta para o trabalho fora do lar. “Ainda ter que conciliar casa, filhos e trabalho sem qualquer garantia em lei como se tem hoje, tais como férias, licenças médicas, licença-maternidade etc”, diz ela.
Creuza ingressou na Defensoria em 1983 e se aposentou em 2009, aos 55 anos de idade, contando com 34 anos de serviço. “Aguardei conquistar todos os benefícios do serviço público que são integralidade e paridade de vencimentos, pretendia dedicar mais tempo à convivência com meus familiares”, destaca.
Reunião em família, aliás, está entre as coisas que a aposentada mais gosta de fazer, além de tomar café com colegas e amigos, viajar, fazer trilha e, claro, nadar em águas abertas.
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