Mais de 400 pessoas em situação de rua foram atendidas pela DPRJ no último “Pop Rua Jud”. O mutirão, realizado em parceria com outros órgãos públicos entre os dias 12 e 14 de setembro, ofereceu serviços como emissão de documentos e inscrições em bancos de empregos. Dos 439 atendimentos realizados pela Defensoria, 170 resultaram na expedição de ofícios e 27 em petições iniciais.
A DPRJ esteve presente no evento por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e do Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos (Nudiversis), oferecendo orientação jurídica e requalificação civil. É o caso da Amanda da Silva, 34 anos. Ela saiu de casa, no Maranhão, por não ser aceita como uma mulher trans. No Rio, está em situação de rua e os documentos são muito importantes para sua proteção.
"Sem o documento com o meu nome de verdade as pessoas não me respeitam. É muito importante poder acessar esse direito", disse Amanda, emocionada.
A defensora pública Cristiane Xavier, do Nudedh, ressalta que o mais relevante dessa iniciativa é a promoção da dignidade por meio do acesso e educação em direitos. "É muito importante fazermos esse movimento e termos esse espaço para que essa população em extrema vulnerabilidade possa saber que possui direitos. Eles muitas vezes nem se reconhecem como cidadãs e cidadãos e precisamos levar isso até essas pessoas que sofrem diversas violações diariamente", destaca a defensora.
A defensora pública-geral, Patrícia Cardoso, também esteve presente no evento, realizado em parceria com o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e outros órgãos públicos, na Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, Centro do Rio. Além dos serviços da DPRJ, a população presente no mutirão teve acesso à oferta de refeições, banhos, corte de cabelo, vacinação, teste de HIV, assistência médica e até cuidados para pets.