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07/06/2023

DF: Após exame de DNA realizado na Defensoria Pública do DF, professora descobre paternidade aos 30 anos

Fonte: ASCOM/DPDF
Estado: DF
Aos 30 anos, a professora da rede pública do Distrito Federal Fernanda Cristine Martins dos Anjos Vieira decidiu ir em busca de informações que esclareceram a sua paternidade. Nascida e criada em Brasília (DF), ela não tinha o nome do pai nos documentos. Moradora de Samambaia (DF), Fernanda acreditava ser irmã biológica dos irmãos com quem conviveu dos três aos 10 anos mas, quando completou nove anos, sua mãe biológica lhe informou que seu pai não era quem ela acreditava. “Foi um misto de emoções”, revelou.
 
Até os 30 anos, Fernanda não demonstrou interesse em descobrir quem era o seu pai biológico, porém, quando se tornou mãe pela primeira vez, a vontade de descobrir a sua paternidade falou mais alto. Em conversa com a sua mãe, ela descobriu o nome dele, onde eles se conheceram e também que seu pai não quis assumir a paternidade. “Dali em diante, comecei a pesquisar quem era, o que fazia e onde morava meu pai. Quando o homem abandona uma mulher grávida, ele abandona uma geração inteira”, declarou.
 
A busca para descobrir suas origens foi intensa. Fernanda pesquisou nas redes sociais informações sobre pessoas que moravam no Areal (DF), local onde sua mãe conheceu o pai. Após muita investigação, ela encontrou uma foto que despertou sua curiosidade, pois citava o nome do seu suposto pai, Rômulo Mota. Em seguida, Fernanda entrou em contato com a mulher que postou a imagem nas redes sociais e marcou um encontro para contar sua estória. “Foi uma conversa rápida e sincera. Vi que havia possibilidades de aquela pessoa fazer parte da minha família sem saber. Marcamos o teste de DNA gratuito, que foi realizado na Unidade Móvel de Atendimento Itinerante de Samambaia em 2021, e comprovou a paternidade”, contou, emocionada.
 
Mãe de gêmeos, Fernanda conta que ganhou uma nova família. “Meu pai biológico faleceu no ano em que meus filhos nasceram. Localizar o paradeiro da minha família paterna, mesmo após o falecimento do meu pai, foi libertador. Agradeço imensamente à DPDF por me proporcionar um momento tão especial na minha vida”, desabafou.
 
Para a Subsecretária de Atividade Psicossocial da DPDF, Roberta de Ávila, os testes de DNA não apenas identificam a paternidade, mas mudam realidades. São formas de assegurar direitos que impactam também nas leis de fato e nas leis do cotidiano, bem como nas relações, pois garantem tanto a cidadania quanto impactam em outras condições estruturantes que, por sua vez, contribuem para o desenvolvimento saudável das pessoas e de sociedades mais estáveis emocionalmente”, detalhou.
 
Teste de DNA gratuito da DPDF
 
A Defensoria Pública do DF, por meio da Subsecretaria de Atividade Psicossocial (Suap), oferece exame de DNA gratuito para comprovar o vínculo genético e a assinatura dos Termos de Acordo de Reconhecimento de Paternidade, de Guarda, de Visita e de Pensão Alimentícia. O tempo estimado para a entrega do resultado é de apenas 15 dias. No momento de revelar o que consta no exame, os mediadores da DPDF intermediam o diálogo entre a mãe e o suposto pai. Desde 2003, quando o projeto começou, foram registradas 1.152 solicitações de testes de DNA, sendo que 333 deram positivo, 131 negativo, oito inconclusivos e 120 desistências de uma das partes.
 
Entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2022, os cartórios do Distrito Federal contabilizaram o nascimento de 27.089 bebês. Deste total, 1.606 foram registrados apenas em nome da mãe, sem o pai na certidão. Isso representa 6% das crianças nascidas no ano. Os dados revelam que, por mês, cerca de 230 recém-nascidos no DF foram registrados sem o nome do pai, o que corresponde a, pelo menos, sete casos por dia. Os números estão disponíveis em módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, denominado Pais Ausentes, que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
 
Vale destacar que o reconhecimento de paternidade pode ser solicitado pela mãe da criança, pelo próprio filho maior de 18 anos ou, ainda, pelo pai que deseja confirmar a paternidade. Para isto, é preciso ir a qualquer cartório de registro civil do país e apontar o suposto pai.
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