No senso comum [e falho], o Bullying é apenas uma provocação, uma piada ou um apelido ocasional que incomoda. Mas ele vai para muito além disto: é uma prática sistemática de violência, que pode ser física, material, moral, psicológica, sexual, social, verbal ou virtual. E para elucidar sobre estes tipos de violência e como combatê-las que a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) realizou, nesta sexta-feira, 17, mais uma edição do “Defensoria Pública nas Escolas”, na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Monsenhor Pedro Pereira Piagem, em Palmas.
Ao todo, cerca de 100 alunos dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental da unidade pública palmense participaram da atividade, que foi ministrada pela gerente de Ensino e Capacitação da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), a pedagoga Elis Sodré, que além de desmitificar cada prática de violência, falou da importância da Lei nº 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), e da implementação dela no sistema de Educação.
“É fundamental que as escolas criem programas e projetos de enfrentamento ao Bullying em todas as suas formas. E o foco não deve ser nas práticas punitivas, mas no estabelecimento de uma cultura de paz, de diálogo entre pais, alunos e professores, todos em prol de um bem comum. Só assim podemos desconstruir a violência no âmbito escolar e colaborar com a predominância desta paz tão desejada que será refletida também fora das escolas”, vislumbrou Elis Sodré.
Diretora da ETI Monsenhor Piagem, a educadora Suely Carneiro de Almeida Silva ressaltou que o “Defensoria Pública nas Escolas” colabora muito com a procura do corpo docente da unidade por conscientizar os alunos que não há graça em ofender ou machucar o outro, levando esta pauta, inclusive, para o âmbito familiar dos estudantes.
“Esta parceria vem desde o ano passado e tem feito a diferença neste processo de conscientização. Na última vez, nós notamos que após a palestra os alunos ficaram mexidos; e algumas famílias até relataram que eles levaram a discussão para dentro de casa, debatendo o assunto. Alguns pais até manifestaram vontade de participar das próximas edições. Esperamos o mesmo efeito agora. Nós buscamos fazer a nossa parte; muitos pais também; e a Defensoria vem e amarra tudo, tornando mais efetiva esta transformação necessária”, elogiou Suely Silva.
Parceiras do projeto
Desenvolvido sob a coordenação da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), o projeto “Defensoria Pública nas Escolas” conta com a parceria da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esporte (Seduc) e da Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed).