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23/07/2021

Live marca Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Fonte: ANADEP
Estado: DF
Nessa quinta-feira (22), em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e a Tereza de Benguela, a ANADEP e a Comissão de Igualdade Étnico-Racial promoveram live sobre Interseccionalidades em raça e gênero. A atividade faz parte do calendário de ações da campanha nacional e do "Julho das Pretas". 
 
Participaram dos debates a vice-presidenta institucional da ANADEP, Rita Lima; a coordenadora da Comissão Étnico-Racial, Clarissa Verena; Alessandra Devulsky, advogada, pesquisadora e escritora; e Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU). 
 
Rita Lima abriu os debates falando da campanha nacional da ANADEP "Racismo se combate em todo lugar - Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial". A defensora falou da importância de promover o debate, com o objetivo de ter uma sociedade mais igualitária, mais justa, e principalmente, trazer uma reflexão para garantir a humanidade das mulheres brasileiras, particularmente, as negras. "As mulheres negras são as mais afetadas pela ausência de políticas públicas, ausência de reconhecimento na sociedade e no Estado", disse.
 
Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado e professora, falou do simbolismo da data e do Julho das Pretas. "Essas datas servem para reforçar os laços de organização contra o racismo. É lembrar de tantas outras mulheres negras. É dia de reviver essas memórias, memórias de mulheres negras". A professora também falou sobre a pandemia de COVID-19, que já vitimou no Brasil mais de 500 mil pessoas, sendo que a maioria são corpos negros. "Nós precisamos ter soluções, respeito e oportunidades na nossa vida e assim fará sentido toda a nossa luta. Precisamos pensar em um projeto político que o combate ao racismo seja um princípio, pois hoje, temos um projeto que tem como objetivo nos eliminar", finalizou.
 
A coordenadora da Comissão de Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena, falou sobre como surgiu o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. No Brasil, a data também relembra Tereza de Benguela, líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII."Precisamos contar essas histórias para justamente mostrar nossa força e nossa vitalidade". A defensora também falou sobre o tema na atualidade, falando do quanto ainda é necessário lutar para honrar com o trabalho das nossas ancestrais. "Existem hoje, por exemplo, mais de 5,7 milhões de empregadas domésticas e destas, 3,7 se autodeclaram pretas e pardas. Se em apenas 2015 a legislação assegurou os direitos básicos dessa classe, ou seja, é notório como a prática colonial de exploração da mulher preta esteve e ainda está presente nos dias atuais." disse.
 
Por fim, a advogada e escritora Alessandra Devulsky, fez a provocação sobre a sair da questão discursiva e partir efetivamente para o concreto. Ela trouxe o feminismo negro como tema para o debates. "Mesmo diante da crueldade de perceber que nós somos vistas de maneira diferente, de modo pejorativo, que a gente vive essas opressões, nós devemos sorrir e tomar esse olhar de desprezo das compreensões de uma ideia de superioridade branca como alimento para fazer das nossas palavras e da vida uma lição para aqueles que nos olham de cima pra baixo", finalizou.
Clique aqui e confira na íntegra.
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