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18/01/2019

CE: Em três anos de serviço, mais de 45 mil pessoas já foram atendidas no acolhimento psicossocial da Defensoria Pública

Fonte: ASCOM/DPE-CE
Estado: CE
Após três anos de implementação do serviço psicossocial, a Defensoria Pública do Estado do Ceará chega a marca de 45.296 atendimentos e conta com 15 profissionais formados em Psicologia e em Serviço Social. Em 2018, foi registrado o atendimento a 20.526 pessoas. O setor acolhe aqueles que buscam assistência jurídica para questões diversas na Defensoria Pública e, durante o atendimento, são encaminhadas para uma escuta qualificada com uma equipe de profissionais para identificar outras demandas que perpassam à demanda jurídica.
 
O número registrado em 2018 representa um aumento de 15,96% se comparado com o ano de 2017, quando foram realizados 17.250 atendimentos. “A cada dia, o setor é mais solicitado pelos defensores públicos que passaram a conhecer as formas de contribuições que o serviço pode ofertar nos atendimentos. Esse crescimento também podemos atrelar às reuniões que realizamos com equipes responsáveis pelo atendimento inicial à população, para sensibilizar quanto aos casos que poderiam ser encaminhados diretamente para o serviço”, explica a psicóloga Andreya Arruda, supervisora do setor de Psicossocial da Defensoria Pública do Estado do Ceará.
 
A equipe concentra suas atividades nos núcleos de Petição Inicial, de Solução Extrajudicial de Conflitos (Nusol), de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem), Atendimento ao Jovem e Adolescente em Conflito com a Lei (Nuaja), de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), no Núcleo Descentralizado do Mucuripe. Há ainda profissionais atuantes no programa Rede Acolhe, vinculado ao Núcleo de Assistência aos Presos Provisórios e às Vítimas de Violência (Nuapp), e na Casa de Mediação do Crato, na Região do Cariri.
 
A defensora pública Jeritza Braga, supervisora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem), destaca o ganho que o Núcleo teve nos atendimentos após a implementação do serviço. “Nós somos leigos nessa área e muitas vezes não temos esse olhar voltado para o atendimento psicossocial, e depois que tivemos o reforço na equipe, o serviço passou a ser imprescindível ao Nudem. Sem esse trabalho, não seria a mesma coisa porque a psicologa e a assistente social têm uma articulação enorme com outras instituições, oferecendo mais qualidade e eficácia no atendimento prestado pela Defensoria Pública”, destaca Jeritza.
 
A supervisora do Nudem lembra ainda de casos que chegaram a uma resolução por conta dessa articulação. “Já tivemos o caso aqui de uma mãe, vítima de violência pelo marido, que não tinha como arcar com as despesas de material escolar da filha adolescente que estava prestes a realizar o Enem. Após a articulação da nossa equipe, a escola ofereceu o material didático de forma gratuita e o acompanhamento psicológico para a adolescente. Outro caso foi de uma senhora que estava prestes a perder o emprego, porque faltava muito no trabalho devido aos problemas com o então companheiro. Nossa equipe, em contato com o departamento de Recursos Humanos da empresa, mostrou todo o contexto da violência e conseguiu fazer com que o emprego fosse mantido. Temos ainda mulheres que são encaminhadas para vagas de emprego em diversas empresas e isso é importante, porque ajuda a romper esse ciclo de violência. Se não fosse esse trabalho que nos complementa, o Nudem não teria o mesmo retorno que tem hoje”, finaliza Jeritza.
 
De acordo com Úrsula Malveira Goés, psicologa do Nudem, o trabalho faz toda a diferença devido ao envolvimento dos defensores públicos que dão liberdade à equipe, composta por uma psicóloga e uma assistente social que se reversam ainda nos atendimentos do Núcleo Descentralizado do Bairro Mucuripe. “Temos uma relação muito forte e de parceria com os defensores públicos, muitas vezes realizamos atendimentos simultâneos para que a assistência à aquela pessoa seja integral e que ela possa perceber que há toda uma rede integrada que oferece proteção a elas”, complementa Úrsula.
 
Após os primeiros atendimentos com a equipe da Defensoria e a identificação das demandas, são realizados os encaminhamentos necessários de acordo com cada caso e em parceria com outras instituições, geralmente com as faculdades que oferecem o atendimento psicológico contínuo e com a rede pública. Os casos mais complexos são por pedidos de interdição judicial, vinculados à saúde mental. É quando são realizados os encaminhamos para as clínicas escolas de instituições de ensino superior e para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
 
“Quando chegamos neste ponto recorremos ao programa Diálogos da Defensoria para as articulações em rede, porque a instituição sozinha não se basta, não temos como fazer um atendimento terapêutico com essas pessoas. Os casos que necessitam de um maior acompanhamento, a equipe psicossocial realiza o monitoramento e vem buscando outras articulações em rede para oferecer um atendimento mais qualificado para a população”, explica a supervisora do serviço Andreya Arruda.
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