Projetos que preservam o convívio familiar e afetivo são apresentados aos defensores durante Programa Defensoria no Cárcere
Estado: DF
O presidente da ANADEP, Joaquim Neto, participou nesta quinta-feira (10), das atividades do Programa Defensoria no Cárcere, em São Luís (MA). Na ocasião, Neto apresentou a prática “Fortalecendo os Vínculos Familiares”, vencedora do Prêmio Innovare 2014. A boa prática fornece, em um mesmo dia, certidões que vinculam o parentesco entre filhos e os respectivos pais que estão presos. Na posse dos documentos, os pais passam a ter o direito a receber os entes em dias de visita. O projeto atendeu no ano passado mais cerca de 200 casos.
De acordo com Joaquim Neto é preciso pensar fora da caixa e desevolver um trabalho de resultados. “É necessário ter criatividade, determinação e propormos a fazer algo diferente. É um projeto que tem diminuído o subregistro civil e facilitado que a convivência familiar seja preservada. Para o preso e para a criança isto é fundamental”, afirmou.
O trabalho foi encampado pelos titulares do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NDCA) da DPE/MA; Joaquim Neto e Gabriel Furtado e a assistente social, Nathalia Nascimento.
Visita virtual: No Brasil existem quatro presídios federais: Penitenciária Federal de Catanduvas (RJ), Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) e Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Cada uma geograficamente distante, o que, na maioria das vezes, dificulta a visita de familiares aos apenados que cumprem prisão neste estabelecimento. Pensando nesta perspectiva, a defensora pública federal, Tatiana Bianchini, apresentou o Projeto Visita Virtual, resultado do trabalho conjunto da Defensoria Pública da União e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que permite o contato entre presos em penitenciárias federais e seus familiares, por meio de videoconferência.
Segundo a defensora, o projeto contribui para manter os laços afetivos e familiares. A ideia é expandir o modelo dessa visita virtual para a esfera internacional e implantá-la nos presídios estaduais. “É algo que vai gerar economia e vai poder levar conforto e consolo por causa do contato com seus entes queridos. É algo que vai mudar a rotina dentro da cadeia”.