A defensora pública Corina Pissato notificou, durante o sétimo dia de atendimento do Projeto Ribeirinho Cidadão, a operadora de telefonia Vivo para restabelecer o sinal da única torre de celular e orelhão existentes na comunidade Pirigara, pertencente a Barão de Melgaço. Os ribeirinhos que residem na região estão há mais de três anos sem comunicação.
De acordo com a representante da comunidade que procurou a Defensoria, Clélia Catarina Dias de Campos, por diversas vezes a população procurou a Prefeitura, mas o problema nunca foi resolvido. “Deu um raio, queimou todos os aparelhos e nós ficamos incomunicáveis. Antes, quando não tínhamos sinal no celular, tínhamos o orelhão”.
Ainda segundo Clélia, a falta de comunicação põe em risco a vida dos ribeirinhos. “Desde que ficamos sem sinal ocorreram vários acidentes de barco e temos que levar as vítimas até Porto Cercado, que fica a cerca de sete horas daqui. Antes, ligávamos para Poconé e um avião vinha nos socorrer”. A torre e o orelhão estão localizados na antiga fazenda Tita Apoitia.
O Ribeirinho
Com duração de 15 dias, divididos em duas etapas, fluvial e terrestre, o Projeto Ribeirinho Cidadão, cujo intuito é levar assistência jurídica e social integral e gratuita à população que reside às margens dos rios da região de Santo Antônio de Leverger a Poconé, conta com a presença de mais de 70 profissionais das mais diversas áreas. Lançada no último dia 19 em Barão de Melgaço, a primeira etapa será encerrada no próximo sábado (28), em Poconé. Até o momento foram atendidas 25 comunidades.
São parceiros da Defensoria Pública na realização do Ribeirinho Cidadão VIII, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso; Tribunal Regional do Trabalho; Tribunal Regional Eleitoral; Secretaria Estadual de Segurança Pública; de Saúde e de Meio Ambiente; Juizado do Meio Ambiente; Receita Federal; Polícia Militar; Prefeituras de Barão de Melgaço e de Juscimeira; e de médicos voluntários