A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou uma visita técnica na Penitenciária Gameleira 1, em Campo Grande, para apurar denúncias de irregularidades na alimentação fornecida aos detentos.
Conforme o coordenador do Núcleo Penitenciário (Nuspen), defensor público Arthur Demleitner Cafure, as inspeções foram motivadas a partir de relatos amplamente divulgados na mídia em que presos teriam iniciado uma greve de fome em protesto contra refeições inadequadas.
Uma equipe técnica do Nuspen esteve no local e ouviu internos de diferentes pavilhões, que relataram problemas recorrentes com as marmitas servidas.
“Entre as queixas, registramos alimentos estragados, carnes cruas, marmitas com mau cheiro, falta de variedade no cardápio e porções insuficientes. Outra grave denúncia envolve o longo período de jejum enfrentado pelos internos: entre o jantar, servido às 16h, e o café da manhã, às 7h do dia seguinte, são cerca de 15 horas sem alimentação”, detalhou o coordenador.
Além disso, a proibição da entrega de alimentos pelos familiares agrava ainda mais a situação dos encarcerados.
Durante a inspeção, a equipe da Defensoria acompanhou a chegada e a distribuição das marmitas para verificar as condições de transporte e armazenamento.
Conforme o coordenador do Nuspen, o problema não é exclusivo da Penitenciária Gameleira 1.
“Medidas serão adotadas para apurar mais a fundo os fatos e exigir providências do Poder Público”, afirmou o defensor.