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03/08/2021

PR: Mais que atendimento jurídico, Defensoria Pública oferece também um excelente trabalho psicossocial

Fonte: ASCOM/DPE-PR
Estado: PR
“Depressão não é frescura, precisa ser tratada e o paciente necessita muito do apoio da família. Não somos nós que escolhemos, a doença simplesmente vem, uns buscam ajuda e outros tiram a própria vida”, relata Rosenilda Costa Pinheiro dos Santos diagnosticada com depressão pós-parto. Na época, aos 20 anos de idade, um dia depois de receber alta precisou ser internada novamente, mas com outra realidade: tratar uma crise de depressão.
 
Com medo de contar a verdade para a família, ela começou a apresentar sintomas além de depressão, crises descontroladas de ansiedade e assim, não conseguia se relacionar com ninguém. “O problema começa com as pessoas à sua volta com palavras maldosas, os ataques físicos e verbais dentro e fora de casa e consequência disso, comecei a me isolar do mundo e de todos. Fiquei cada vez pior, não saia e nem ficava sozinha, tinha medo do que ia ouvir e do que achavam de mim”, sobre sua angústia.
 
De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes. No Brasil, aproximadamente 5,8% da população sofrem com a doença, um resultado especialmente preocupante no qual deixa o país campeão de casos na América Latina. Esse cenário vem aumentando as dificuldades em questão de saúde mental, então, reforçar a discussão sobre este tema destaca a necessidade de aumentar, imediatamente, os serviços e atendimentos ligados a fatores psicossociais. Entretanto, pessoas que estão em sofrimento mental e seus familiares possuem um importante aliado na luta para a proteção dos seus direitos e também de atuar na implementação e fortalecimento da rede de atenção psicossocial: a Defensoria Pública.
 
Para estabelecer um meio de reflexão, a psicóloga da instituição Emília Fujiwara,  destaca a importância de um órgão ser composto por uma equipe de psicólogos e assistentes sociais em demandas de saúde mental passa a ter um olhar mais amplo e humanizado do cidadão. “O assistido é ser humano e as demandas não são apenas jurídicas. Há outros motivos, muitas vezes não identificados por ele, que a movem a buscar a Defensoria. Então, só o atendimento jurídico não é suficiente”, afirma Emília.
 
A depressão aos olhos de quem sente é dolorosa. Em casos de membros inferiores dormentes, mãos como se estivessem adormecidas, taquicardia, sensação de desmaio, falta de ar, pressentimento de estar afogando em terra seca, e até mesmo quando o sono é reparador são sintomas de que a saúde mental não vai bem. Quando essas crises mostraram para Rosenilda que a doença era de alto nível, o medo, a insegurança e a vergonha, impediram-na de pedir ajuda por muito tempo. Mas chegou um ponto em que não aguentava mais sofrer, portanto recorreu a um psiquiatra e começou tratamento psicológico.
 
“Inicialmente requer uma autopercepção, autoanálise e reconhecer que não está bem. Procure ajuda. Procure praticar atividades físicas, tomar consciência de seu corpo, prestar atenção na respiração. Comece a alterar mesmo as pequenas coisas, como o lugar onde você  se coloca na mesa para se alimentar. Por exemplo: se mudar o lugar, você terá diferentes estímulos e percepções”, ressalta a psicóloga.
 
Saúde mental e atenção psicossocial na Covid-19
 
A psicóloga comenta que, com a pandemia, aumentaram-se muito as crises de ansiedade e depressão. “Um dos motivos é a questão do distanciamento social, pois as pessoas são seres sociais e de repente permanecem em isolamento. Outras questões são o medo, a insegurança e a incerteza. Tudo isso tem que ser enfrentado de maneira "solitária ". A Covid-19 alterou drasticamente a vida de todos. Ninguém imaginou que enfrentaríamos uma realidade tão grave, pode-se dizer cinematograficamente”.
 
Diferentes medidas de cuidado vêm sendo incentivadas e disseminadas durante a pandemia causada pela Covid-19. Isso representa um desafio para a saúde mental de todos, além de afetar diversos grupos e populações, sendo um deles as gestantes e puérperas. Pois, nesse momento importante e delicado para as mães, as pacientes ao se depararem com a necessidade de uma hospitalização, enfrentam realidades difíceis: ser colocada num leito com isolamento; o uso do equipamento de proteção (como máscaras) durante a internação ou trabalho de parto; e também, lidar com a restrição e ausência de acompanhantes e familiares. 
 
Em abril de 2020, Meire Daiane almejava tudo o que uma mãe mais espera, a chegada de Nikolas Gabriel. Contudo, na véspera do nascimento de seu terceiro filho estava inquieta, afinal, os centros obstétricos e as maternidades tiveram de se adaptar para assistir às gestantes e aos bebês, mas a espera de uma criança é sempre motivo de muita luz e alegria. A incerteza, o medo de ficar isolada no hospital sem poder contar com a presença e apoio de familiares e amigos, era grande, já que em sua segunda gravidez sofreu com a depressão pós-parto e tinha receio de recair a novas crises de ansiedade. 
 
Até ter o recém-nascido nos braços, Meire cruzou uma longa jornada de preocupação, dúvidas e preparação. Porém, quando segurou o seu pequeno no colo, toda insegurança virou sinônimo de amor e união ao longo desse período difícil. “Com certeza estamos mais juntos em família, principalmente com as crianças. E também, temos um tempo maior para a oração, assim podemos estar mais próximos à Deus!”. Hoje, com 1 ano e 3 meses, Nikolas está com muita saúde.
 
Na instituição, diz a psicóloga, que a equipe de psicologia precisou adotar a teleconsulta ou atendimento virtual, tanto na área médica como na psicológica, a fim de melhorar o fluxo no suporte, na capacitação e orientação de profissionais da saúde mental. “Na Defensoria, com o teletrabalho temos atuado através de atendimento por Whatsapp, telefone, plataformas de reuniões virtuais, até por emails”.
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