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14/01/2021

CE: Psicossocial supera os 27 mil atendimentos e bate recorde de atuação em 2020

Fonte: ASCOM/DPE-CE
Estado: CE
A jovem de 22 anos mora hoje num lugar bonito dos afetos. Virou mãe. Enxerga o mundo pelos olhos de uma menininha e tem, enfim, o pai da garota em liberdade. Mas nem sempre foi assim. O auge da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) coincidiu com um momento de angústia tanto pela situação do isolamento social em si quanto pela dúvida em relação do companheiro, à época preso. Descobrir o serviço psicossocial da Defensoria Pública do Estado (DPCE) acabou sendo um escape importante.
 
“Eu conversava com elas [profissionais das equipes multidisciplinares] todos os dias porque estava muito ansiosa. Qualquer movimentação no processo, eu já pensava que podia ser alguma coisa ruim contra ele e ligava pedindo ajuda. E elas me orientavam sobre o que fazer, porque eu não entendia nada, e me acalmavam. Facilitou muito a minha vida. Elas sabem atender, compreendem a situação e explicam quantas vezes for preciso”, detalha a jovem.
 
Casos como esse foram recorrentes para as psicólogas e assistentes sociais da DPCE em Fortaleza e Região do Cariri, no Sul do Ceará, seja em núcleos especializados ou de atuação generalista (que recebe demandas de toda ordem). Em 2020, o setor registrou 27.153 atendimentos. Isso representa 34,54% de aumento em relação a 2019, quando foram feitos 20.181 atendimentos, e um recorde desde a criação do setor, em abril de 2016. Em relação a 2017, primeiro ano no qual o Psicossocial teve estatísticas completas, de janeiro a dezembro, o crescimento é de 57,40%.
 
No ano passado, os meses de junho, julho e agosto concentraram as maiores demandas: 3.445, 3.436 e 3.064 atendimentos, respectivamente. O trimestre integra o período de vigência das medidas de isolamento social no Ceará devido à Covid-19, iniciado em 20 de março pelas autoridades sanitárias e de saúde. Setembro, outubro e novembro mantiveram-se estáveis, com 2.791, 2.710 e 2.722 atendimentos, respectivamente.
 
Coordenadora do serviço, a psicóloga Andreya Arruda Amendola atribui a elevada procura tanto à excepcionalidade imposta pela pandemia, de extrema vulnerabilização individual e coletiva, suscitando mais atenção a questões de sofrimento psicológico e ajuda especializada, quanto à ampliação dos canais de atendimento da Defensoria. Para evitar aglomerações, as demandas são recepcionadas e encaminhadas de maneira remota (por telefone, Whatsapp ou e-mail).
 
O acesso ao serviço está mais facilitado, já que dispensa o deslocamento do assistido aos núcleos. “Os conflitos familiares ficaram mais aflorados por causa da pandemia. Algumas relações que já eram desgastadas ficaram mais ainda porque o convívio é obrigatório e intenso. Então, se já existia algum conflito, ele pode ter aflorado com força. E muita demanda nos chega com muita frustração. Quando a pessoa procura a Defensoria, é porque ela admite que não dá conta de resolver o problema. Ela vem com frustração e carregada de expectativa. Na maioria das vezes, a gente sente que essa expectativa é atendida e a questão se resolve. E a gente sempre tenta ir pela pacificação do diálogo. Se não há a possibilidade de as pessoas se ouvirem e dialogarem ou não estão bem pra um momento de mediação, aí o olhar do defensor pode avaliar que o jeito é judicializar”, pontua Andreya Arruda.
 
JANEIRO BRANCO
Para chamar a atenção da população ao Janeiro Branco, mês no qual se promovem ações de visibilidade à causa da saúde mental, a DPCE vai realizar lives no Instagram sobre a temática. A próxima acontecerá no dia 19/1, às 17 horas, pautando “Saúde mental e equilíbrio emocional” com o psicólogo Tom Trajano. No dia 20/1, também às 17 horas, o tema será “Saúde mental e prevenção ao suicídio”, com o psiquiatra Fábio Gomes. Nessa terça-feira (12/1), o perfil da Defensoria na rede social (@defensoriaceara) discutiu “Saúde mental, trabalho e pandemia” com o psicólogo Fernando Faleiros.
 
SERVIÇO
ENTRE EM CONTATO COM O PSICOSSOCIAL DA DEFENSORIA
Direitos da mulher: (85) 98560-2709 (8h às 14h) e (85) 98947-9876 (11h às 17h)
Direitos da pessoa presa: (85) 99171-7476 (8h às 14h) e (85) 98163-3839 (11h às 17h)
Direitos da Infância e Juventude: (85) 98895-5716 e 3275-7662 (8h às 17h)
Atendimento inicial da Defensoria (família e cível): (85) 997310293 (8h às 14h) e 988664520 (11h às 17h)
Adolescente em Conflito com a Lei: (85) 98616-8765 (8h às 14h) e (85) 98400-5994 (11h às 17h)
Cariri: (88) 98842-0757 ou 99934-8564 ou 996808667
E-mail: psicossocial@defensoria.ce.def.br
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