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23/01/2020

BA: Projeto da DPE oferece inclusão para jovens em condição de vulnerabilidade

Fonte: ASCOM/DPE-BA
Estado: BA
Até se reconhecer e assumir sua condição de mulher, ela enfrentou depressão e muito sofrimento. A jovem trans Monique Divino, 20, se identificava desde criança com o universo feminino. “Antigamente, por exemplo, me incomodava muito quando chegava ao médico e me chamavam de Ibson, agora não me perturba tanto, já que lido melhor com isso” relata.
 
Ela é uma entre as 17 estagiárias e estagiários de nível médio que recentemente passaram a integrar a equipe da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA). Idealizado pela Especializada de Direitos da Criança e do Adolescente e adotado também pela Especializada de Direitos Humanos, o “Abraçando Vidas” visa promover oportunidades para adolescentes em diferentes situações de vulnerabilidade.
 
Além de jovens trans, também são contemplados àqueles que vivenciam situações como acolhimento em instituições após abandono ou maus tratos, foram vítimas de violência doméstica, estão internados para cumprimento de medida socioeducativa e ou outros perfis de vulnerabilidade.
 
“Esses jovens são o público de assistidos da Defensoria. Eles enfrentam um problema sério de empregabilidade, seja por conta do preconceito ou pelo fato de não terem tido oportunidades anteriores que lhes permitissem adquirir uma melhor instrução. Uma das nossas missões é enxergar este público, até porque alguém vai a algum lugar sem oportunidades? É preciso oferecer oportunidades para estes jovens”, destaca a defensora pública e coordenadora da Especializada dos Direitos da Criança e Adolescente.
 
Para Monique Divino, a oportunidade chega em momento afirmativo e ajuda a romper com o círculo da marginalização. “Antes de me assumir trans, pensei que era gay. Nunca ouvia falar de pessoas trans com respeito, não tinha com que me identificar. As pessoas sempre procuram nos marginalizar, invisibilizar. Estou alcançando meu primeiro estágio depois de ter descoberto e assumido quem sou. Não estou aqui para representar as mulheres trans, porém é muito importante estar aqui também nesta condição”, comenta.
 
De acordo com Gisele Aguiar, o projeto é pioneiro no estado ao amparar jovens internados para cumprimento de pena nas Comunidades de Atendimento Socioeducativo da Fundação da Criança e do Adolescente – Fundac. “Foi necessária uma autorização judicial para que estes jovens pudessem sair da internação e pudessem vir aqui trabalhar. Eles vêm e voltam acompanhados por funcionários da Fundac. É um projeto que nunca foi realizado antes, permitindo que estes jovens possam sair para trabalhar”, diz.
 
Todos os jovens admitidos na DPE-BA pelo projeto “Abraçando Vidas” recebem bolsas e têm os mesmos direitos dos estagiários que ingressaram por concursos, não sendo ainda identificados diferentemente uns dos outros.
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