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05/12/2018

GO: Violência policial, igualdade racial e de gênero são debatidas no primeiro dia da Conferência de Direitos Humanos

Fonte: ASCOM/DPE-GO
Estado: GO
O primeiro dia da 1ª Conferência de Direitos Humanos da Defensoria Pública debateu a violência policial, direitos da mulher no ambiente e a igualdade racial. No evento iniciado nesta segunda-feira (3/12), no auditório da Fasam, houve palestras do delegado do Rio de Janeiro Orlando Zaccone, da advogada e cofundadora da Defemde Marina Ganzarolli e a representante da Secretaria Nacional de Promoção de Igualdade Racial do Ministério dos Direitos Humanos Gabriela Cruz Lima. A mediação das palestras foi realizada pelos defensores públicos Cristiana Baptista, Cecília Dantas e Philipe Arapian. Nesta terça-feira (4/12), a Conferência de Direitos Humanos da DPE-GO recomeça às 14 horas.
 
O delegado Orlando Zaccone abriu as palestras tratando da violência policial, impunidade e a Lei 13.491/2017. Durante sua fala, o delegado pontuou a necessidade de se colocar a efetivação dos direitos humanos como uma pauta política. “Porque o direito não se efetiva por si, ele necessita de uma disputa política, e hoje no Brasil nós temos o crescimento de discursos que tentam restringir essas garantias que estão previstas na Declaração Universal e que a gente só vai poder reverter isso através da organização política”.
 
Zaccone expôs ainda a necessidade de compreender a violência policial como uma política de estado. De acordo com ele, a transformação dessa política de estado se dará a partir do momento que se construa a dignidade para todos, principalmente aqueles que estão sendo eliminados por essas ações letais da polícia. “Esse extermínio acontece muito por conta dessas pessoas estarem num ambiente social sem nenhuma perspectiva de constituição de dignidade, então essas mortes passam a ser como que vidas descartáveis, essas mortes não têm nenhuma repercussão no ambiente social, as pessoas não sentem a perda dessas vidas como algo relevante e são vidas matáveis. Então, a gente precisa construir a dignidade no ambiente social para que essas vidas sejam respeitadas como a de todos os outros”, argumentou.
 
Em seguida, a discussão sobre direitos da mulher teve espaço com a palestra da advogada Marina Ganzarolli. “Infelizmente, nós ainda somos uma sociedade em que existe uma desigualdade de poder entre homens e mulheres material fática”, citou. A cofundadora da Defemde destaca que essa desigualdade se mostra no ambiente de trabalho quando uma mulher tem salário menor do que o de colegas homens ou não consegue um cargo de liderança devido ao seu gênero. Nesse sentido, sua palestra teve como foco a desconstrução de estereótipos de gênero. “Trabalhamos um pouco essa desconstrução de estereótipos para que tenhamos não só um ambiente de trabalho, mas um mundo mais democrático, mais diverso, mais plural e mais humano”, explicou.
 
A última palestra do dia tratou da igualdade racial. Gabriela Cruz Lima expôs que a população negra corresponde a 54% dos brasileiros. “O maior desafio que nós temos é promover a igualdade, a igualdade de oportunidades, para que a gente possa ter a superação do racismo, que ainda é uma ferida social que precisa ser curada em nossa sociedade. E que a gente possa trazer essa transversalidade, promover políticas públicas efetivas e permanentes, que possam olhar para as especificidades”, destacou. A representante do Ministério dos Direitos Humanos frisou a necessidade de se respeitar os direitos de todos, respeitando as diferenças.
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