O auxiliar administrativo David Pinheiro ficou aliviado após conseguir dar entrada na ação de registro tardio de nascimento do seu filho Enzo Daniel, de 5 anos. O pai aproveitou o mutirão realizado no último sábado, 4, pela Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) no bairro da Fazendinha, local onde mora com a criança.
“O meu filho não foi registrado logo porque, na época que ele nasceu, a mãe viajou para Portugal e perdeu seus documentos próprios. Foi feito boletim de ocorrência mas atrasamos o dele porque não tinha a documentação completa”, explicou David.
A falta do registro de nascimento impediu que Enzo Daniel pudesse ser matriculado na escola. “Não deixaram matricular sem o registro de nascimento. Ele já estuda em casa, sabe os números e até lê o próprio nome, mas na escolinha vai se desenvolver melhor e socializar. Agora ele vai poder estudar na escola”, disse o pai do menino.
Outra assistida do mutirão foi a estudante Jamile do Socorro da Silva, de 20 anos, que viu a Carreta da Defensoria estacionada no dia anterior do mutirão na Praça Murici, enquanto passeava com a sua mãe. Após descobrir que a ação realizava a retificação de registro civil, procurou a Carreta no outro dia cedo, atrás de atendimento.
“Quando meu pai me registrou, ele não pôs o sobrenome da minha mãe no meu nome completo. O sobrenome dela é Baía e meu nome é Jamile do Socorro da Silva. É uma vontade que carrego desde criança de ter o nome da minha mãe no meu nome completo, mesmo tendo que trocar meus documentos. Estou feliz que vou conseguir”, disse a universitária.
Ao todo, 75 atendimentos foram realizados na Fazendinha pela Carreta da Defensoria. O mutirão atendeu demandas jurídicas gratuitas para ações de registro tardio; retificação de registro civil; pensão alimentícia; anulação ou renegociação de débito em contas de água e luz; direitos do consumidor, entre outras.
O próximo mutirão da Carreta acontecerá no dia 11 de maio, em Santana.
.jpg)
