Os 288 corpos e ossadas que se encontram acumulados no Instituto Médico Legal (IML) em Maceió deverão ser encaminhados para sepultamentos dignos nos municípios de origem a partir desta semana. A resolução do problema foi obtida por meio da mediação promovida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) junto ao Estado e a 25 municípios alagoanos.
Conforme informações obtidas pela Defensoria Pública junto ao IML, inicialmente, o Instituto pretende realizar o translado de 10 corpos por semana, mas o fluxo de encaminhamentos deve aumentar a partir de junho, com a entrada dos novos servidores concursados recentemente nomeados pelo Estado.
A situação de acúmulo de corpos chegou ao conhecimento do Defensor Público do Núcleo de Proteção Coletiva, Lucas Monteiro Valença, durante tratativas da Defensoria Pública voltadas para resolver a falta de vagas nos cemitérios públicos municipais. Após contato com o IML, a Instituição constatou que o local abriga 129 corpos e 159 ossadas de cidadãos recolhidos entre 2018 e 2024, em diversos municípios, nunca identificados ou não reclamados por familiares.
Diante do problema, a Instituição reuniu Estado e municípios a fim de discutir soluções para garantir o sepultamento desses corpos nas cidades onde eles faleceram. Além disso, a Defensoria Pública celebrou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando à criação de um fluxo de sepultamento que evite novo acúmulo de corpos na sede do IML em Maceió.